7 de mai. de 2012

8 Maio Dia Internacional da Cruz Vermelha


Dia Internacional da Cruz Vermelha

08 de Maio

A Cruz Vermelha

A Cruz Vermelha Brasileira tornou-se instituição modelar, da forma prevista nas Convenções de Genebra -, como em tempos de paz, levando ajuda a vítimas de catástrofes e desastres naturais (secas, enchentes, terremotos etc.)
É reconhecida pelo governo brasileiro como sociedade de socorro voluntário, autônoma, auxiliar dos poderes públicos e, em particular, dos serviços militares de saúde, bem como única sociedade nacional da Cruz Vermelha autorizada a exercer suas atividades em todo o território brasileiro.
Atua com base nos princípios fundamentais da Cruz Vermelha, que são:
Humanidade
Imparcialidade
Neutralidade
Independência
Voluntariado
Unidade
Universalidade

História

A História da Cruz Vermelha Brasileira se iniciou no ano de 1907 graças à ação do Dr. Joaquim de Oliveira Botelho, espírito culto e cheio de iniciativa que, inspirando-se naquilo que testemunhara em outros países, sentiu-se animado do desejo de ver, também aqui, fundada e funcionando, uma Sociedade da Cruz Vermelha.
Junto com outros profissionais da área de saúde e pessoas da sociedade promoveu uma reunião em 17 de outubro daquele ano na Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, para lançamento as bases da organização da Cruz Vermelha Brasileira
Em reunião realizada em 5 de dezembro de 1908, foram discutidos e aprovados os Estatutos da Sociedade.
Esta data ficou consagrada como a de fundação da Cruz Vermelha Brasileira, que teve como primeiro Presidente o Sanitarista Oswaldo Cruz.
O registro e o reconhecimento da entidade nos âmbitos nacional e internacional se deu nos anos de 1910 e 1912, sendo que a I Grande Guerra (1914/1918) constitui-se, desde seus primórdios, no fator decisivo para o grande impulso que teria a novel Sociedade.
As “Damas da Cruz Vermelha Brasileira", comitê criado por um grupo de senhoras da sociedade carioca, deu origem à Seção Feminina, que teria como primeira tarefa, a formação do corpo de Enfermeiras voluntárias.
A semente assim plantada frutificaria e, para permitir o funcionamento de outros cursos sugeridos pela Seção Feminina, foi criada e inaugurada, em março de 1916, a Escola Pratica de Enfermagem, sob a eficiente direção do Dr. Getúlio dos Santos, na época Capitão Medico do Exército.
Com a declaração de guerra do Brasil aos Impérios Centrais (Alemanha e seus aliados), a Sociedade expandir-se-ia com intensificação dos Cursos de Enfermagem e com a criação de filiais estaduais e municipais, cabendo a São Paulo a primazia. Em 1919, as filiais já eram em número de 16.
A Cruz Vermelha Brasileira participou da constituição da Federação de Sociedade de Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho em 1919, filiando-se a ela.

Missão

Agir, em caso de guerra, e preparar-se, na paz, para atuar em todos os setores abrangidos pelas Convenções de Genebra e em favor de todas as vítimas de guerra, tanto civis como militares;
Contribuir, para a melhoria de saúde, prevenção de doenças e o alívio do sofrimento através de programas de treinamento e de serviços que beneficiem a comunidade;adaptados às necessidades de peculiaridades nacionais e regionais, podendo também, para isso, criar e manter cursos regulares, profissionalizantes e de nível superior;
Organizar, dentro do plano nacional, serviços de socorros em emergências às vítimas de calamidades, seja qual for a causa;
Recrutar, treinar e aplicar o pessoal necessário às finalidades da instituição;
Incentivar a participação de jovens voluntários nos trabalhos da Cruz Vermelha, qualificando-o às finalidades da instituição;
Divulgar os princípios humanitários da Cruz Vermelha, a fim de desenvolver na população os ideais de paz, respeito mútuo e compreensão entre todos os homens e todos os povos.

Princípios fundamentais

Humanidade
A Cruz Vermelha, nascida da preocupação de prestar socorro, indistintamente, aos feridos nos campos de batalha, esforça-se, no âmbito internacional e nacional, em evitar e aliviar o sofrimento humano sob qualquer circunstância. Procura não só proteger a vida e a saúde, como também fazer respeitar o ser humano. Promove a compreensão mútua, a amizade, a cooperação e a paz duradoura entre todos os povos.
Imparcialidade
A Cruz Vermelha não faz nenhuma discriminação de nacionalidade, raça, religião,condição social ou opinião política. Procura apenas minorar o sofrimento humano,dando prioridade aos casos mais urgentes de infortúnio.
Neutralidade
A fim de merecer a confiança de todos, a Cruz Vermelha abstém-se de tomar partido em hostilidades ou de participar, em qualquer tempo, de controvérsias de natureza política, racial, religiosa ou ideológica.
Independência
A Cruz Vermelha é independente. As Sociedades Nacionais, auxiliares dos poderes públicos em suas atividades humanitárias, sujeitas às leis que regem seus respectivos países, devem, no entanto, manter sua autonomia, a fim de poderem agir sempre de acordo com os Princípios Fundamentais da Cruz Vermelha.
Voluntariado
A Cruz Vermelha é uma instituição voluntária de socorros sem nenhuma finalidade lucrativa.
Unidade
Só pode existir uma única Sociedade de Cruz Vermelha em cada país. Ela está aberta a todos e exerce sua ação humanitária em todo o território do mesmo.
Universalidade
A Cruz Vermelha é uma instituição mundial, na qual todas as Sociedades têm iguais direitos e dividem iguais responsabilidades e deveres, ajudando-se mutuamente.

Principais atuações

Grandes e inestimáveis serviços prestou a Cruz Vermelha no final da Guerra, nos seus inúmeros contatos com a Agência Internacional de Prisioneiros de Guerra, no sentido de propiciar informações aos europeus residentes no Brasil, em relação a seus familiares cujos paradeiros haviam se tornado desconhecidos em virtude das contingências de guerra.
Durante o ano de 1918 e, imediatamente após, a Cruz Vermelha Brasileira demonstrou, de maneira cabal, o alcance de sua atuação durante a calamitosa epidemia de gripe que assolou o mundo no após-guerra.
A Escola de Enfermagem no Rio foi transformada em isolamento e as enfermeiras da Entidade se desdobraram nos diversos hospitais no Rio, nas residências e nos Postos de Socorro então estabelecidos e em algumas das filiais. Nesta batalha tombaria a primeira vitima, a aluna-enfermeira Cherubina Angélica Guimarães que, após participar dos trabalhos iniciais, contraiu a doença, vindo a falecer em conseqüência.
Além da construção da sede, o período entre as guerras caracterizou-se por um sem número de atividades, não apenas no Brasil, mas também no exterior.
O esclarecimento de toda a população visando à prevenção de uma série de pertinazes doenças que minavam o povo brasileiro e o atendimento aos já atingidos por essas doenças, foi uma atividade permanente.
A tuberculose e as doenças venéreas foram as primeiras de extensa relação que constitui preocupação constante não só do Órgão Central, como também das filiais, sempre procurando ir de encontro aos problemas e às necessidades regionais.
A calamidade pública, sob todas as formas, encontraria sempre nas primeiras linhas de seu atendimento, elementos da Cruz Vermelha.Secas, enchentes e inundações, catástrofes e epidemias, onde quer que se fizesse necessária a mão amiga do auxílio, do carinho e do conforto, Lá estavam as incansáveis enfermeiras e socorristas, os desprendidos voluntários e o dedicado desvelo da Cruz Vermelha Brasileira.
A II Grande Guerra (1939/1945), a semelhança do que ocorrera na Primeira, iria dar novo impulso às atividades da Cruz Vermelha. Novamente a busca de paradeiro de parentes dos estrangeiros residentes no Brasil constituiu uma importante incumbência. Basta citar que, até meados de 1946, as mensagens recebidas atingiram a impressionante cifra de 72.527.
Com o envio da Força Expedicionária Brasileira-FEB para o Teatro de Operações, outros aspectos predominariam e assumiriam papel mais relevante. A coleta, o preparo e o envio de uma enorme quantidade de toda sorte de correspondência e donativos para os beligerantes brasileiros e para as vítimas da guerra em todo mundo, foi um trabalho intenso que prosseguiu mesmo após o termino do conflito.
O ponto alto porem, foi a participação das Enfermeiras, das Samaritanas e das Socorristas Voluntárias da Cruz Vermelha Brasileira na constituição dos quadros de nossas forças expedicionárias, como enfermeiras do Exercito e da Aeronáutica.
A partir dos anos 70, a Cruz Vermelha Brasileira, intensificou o processo de abertura de Filiais e o trabalho voltado para a educação e saúde. O Hospital mantido na sede do Rio de Janeiro foi fechado em 1979 por não mais atender aos objetivos da Entidade.
Em 1983, a Cruz Vermelha Brasileira iniciou uma campanha “Faça Chover no Nordeste” destinada à obtenção de alimentos ou fundos para aquisição e envio àquela Região.
Com a crescente veiculação, nos meios de comunicação internacionais, principalmente na Europa, do agravamento da crise na região afetada pela seca, a então Liga de Sociedades de Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho mostrou interesse em ajudar a Cruz Vermelha Brasileira no trabalho que esta já vinha desenvolvendo na área. A Liga de Sociedades de Cruz Vermelha enviou ao Brasil Delegados, que percorreram a Região Nordeste durante um mês: Emb. Gerhard Dohms, da Cruz Vermelha Alemã, Woard Spiegelman, da Cruz Vermelha Americana e Sven Aschberg, um nutricionista da Cruz Vermelha Sueca, além do Chefe do Departamento de Socorros da Liga, Jürg Vittani.
A “Operação Nordeste” no ano de 1984 atendeu com 181.668 cestas básicas 20.634 famílias em quatro Estados, beneficiando 128.215 pessoas durante sete meses, minorando o sofrimento das vítimas da seca naquela região. Foram injetados naquela oportunidade 4.074.788,00 Francos Suíços doados pelas Sociedades Nacionais de Cruz Vermelha através da Federação Internacional de Sociedades de Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Em todas as calamidades acontecidas no país, sempre esteve presente apoiando a Defesa Civil.
Concerto da Orquestra Filarmônica Mundial em prol da Cruz Vermelha Brasileira – 1986
A Orquestra Filarmônica Mundial era um conceito novo e original que se reunia uma vez por ano em cada continente, com diferentes músicos e diferentes maestros, com o objetivo de arrecadar fundos para grandes entidades beneficentes.
Os músicos que a formaram naquele ano tocaram juntos apenas uma vez e eram originários de dezenas de países. Todos, inclusive o maestro, tocaram gratuitamente e doaram os direitos de reprodução à Cruz Vermelha Brasileira.
O Concerto foi realizado no dia 16 de dezembro de 1986 no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, sob a regência do renomado Maestro Lorin Maazel. O programa inclui, entre outras, “Carnaval Romano”, de Berlioz, “Pássaro Romano” de Stravinsky , o “Choros nº 6” de Villa-Lobos, em homenagem ao centenário de seu nascimento.
SOS Chuvas de Verão
A Cruz Vermelha Brasileira lançou campanhas de ajuda aos milhares de desabrigados pelas chuvas que castigaram os Estados da Bahia, Minas Gerais e Maranhão, em 1989.
A Cruz Vermelha e os Brasileiros no Iraque – Guerra do Golfo
A Cruz Vermelha Brasileira colaborou com o Governo brasileiro com relação à concessão de vistos de saída para nossos compatriotas que se encontravam no Iraque no início das hostilidades. De imediato solicitou a colaboração do Crescente Vermelho Iraquiano e de todas as Sociedades de Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho da região, como as da Jordânia, Arábia Saudita, Iran, Turquia, para que a saída dos brasileiros fosse efetuada por uma dessas fronteiras.
SOS Santa Catarina
O grupo de Intervenção de Desastre da Cruz Vermelha acionou a comunidade Internacional, que já enviou técnicos da CV internacional para Santa Catarina e que irão atuar nos trabalhos de ajuda às vítimas das enchentes no estado.
O grupo vai fazer o levantamento das necessidades emergenciais da população para saber onde aplicar os recursos do fundo de emergência para desastre da instituição. Essa avaliação vai determinar a liberação de recursos para respostas a emergências
O levantamento dessas prioridades será realizado junto aos órgãos envolvidos nos trabalhos de socorro e de apoio às vítimas da chuva em Santa Catarina. O grupo de intervenção de desastre da Cruz Vermelha internacional, formado por cinco representantes da Alemanha e da Espanha, vai ficar em Santa Catarina por cerca de três meses. Nesse período, eles vão trabalhar essencialmente no apoio direto às famílias que perderam tudo nas enchentes.
Os voluntários da Cruz Vermelha brasileira estão em todos os municípios do Vale do Itajaí. no serviço de ajuda aos desabrigados e sem previsão de quando deixam o estado.
Desde então a Cruz Vermelha Brasileira juntamente, por meio de suas filiais municipais e estaduais vem atuando na prestação do Serviço de Busca de Paradeiro, na capacitação de populações de áreas de risco econflitos armadas, em tempo - atualmente a CVB capacita moradores do Morro do Alemão, na prestação de primeiros socorros, através de simulações de conflitos armados e situações de violência cotidiana nos grandes centros urbanos, tendo formado sua primeira turma no final e novembro de 2008bem como na formação Profissional Berçarista & Baby Sitter Cuidador de Idoso, Educação e Saúde Ambiental, Curso de Formação Básica de Socorrista e conflitos armados.
Fonte: www.cruzvermelha.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário